Estrias são alterações na pele que podem aparecer em algumas circunstâncias, como durante o crescimento e desenvolvimento na adolescência, com o ganho rápido de peso, o uso crônico de medicamentos à base de corticóides e durante a gravidez.
Durante a gravidez esse problema causa grande angústia entre as futuras mamães.
Vamos esclarecer alguns pontos sobre o tema "Estrias x gravidez":
- O desenvolvimento das estrias tem influência genética e depende do tipo de pele de cada um. Alguns tem mais tendência que outros. Se você já tem estrias em alguma parte do corpo, há maior chance de ter novas lesões na gravidez.
- Alguns fatores estão mais relacionados ao surgimento de estrias na gestação, como foi descrito num trabalho publicado na revista Surgical and Cosmetic Dermatology em 2010: idade menor que 30 anos, ganho de peso excessivo na gestação e bebês maiores de 3,5kg.
- O uso de cremes hidratantes não mostrou resultado significativo na prevenção de estrias na gravidez nesse mesmo estudo, mas recomendo manter esse hábito durante a gestação, pois são necessárias pesquisas para comprovar esse resultado e a hidratação faz bem para a pele como um todo.
- Na gravidez, evita-se o tratamento das estrias. A microabrasão (peeling de cristal, por exemplo) pode estimular a pigmentação das estrias. O uso de cremes com ácidos em casa ou o peeling de ácidos também deve ser evitado por não ser orientado o uso dessas substâncias na gestação (risco de absorção pelo feto). Os tratamentos a laser e luz pulsada também são contraindicados.
- Após a gravidez, alguns desses tratamentos acima podem ser feitos (laser, luz pulsada, microabrasão). O uso de ácidos, apenas após o final da amamentação.
É importante lembrar que os tratamentos disponíveis para estrias tem o objetivo de amenizá-las, torná-las mais discretas. Ainda não há nada, no momento, que faça a pele voltar a ser como antes, infelizmente.
Mas para quem se incomoda com essas marcas, pode-se tentar associar as técnicas acima e ter bons resultados.
